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Condicionamento físico,saúde,emagrecimento e estética.

A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Precisa de algum motivo para começar a se exercitar?

sábado, 27 de agosto de 2011

Novos hábitos, novas perspectivas: O homem em busca do “Corpo Perfeito”


Nos dias atuais devido ao padrão de beleza a pratica de atividades físicas vendo crescendo de uma forma vertiginosa, e o número de praticantes de exercício físico em academias de musculação e ginástica a procura de diversos objetivos como promoção da saúde e a reabilitação, para sair do sedentarismo, por recomendações médicas, para prevenção de doenças, por lazer- desenvolvendo além dos aspectos físicos, o interesse social do lazer- e também pela insatisfação com o corpo os aspectos estéticos tem sido bastante evidenciados, numa procura do corpo bonito, perfeito e ideal (Ferreira, 2011).
O numero de interessados em praticar uma atividade física a procura do corpo perfeito cresce a cada dia, hoje o objetivo dos jovens freqüentadores de academias de musculação são o aumento da massa muscular “hipertrofia muscular” devido a isso alguns jovens sem medir esforços fazem uso de substâncias anabólicas androgênicas e dietas sem a instrução de um profissional (Ferreira, 2011).
A imagem corporal está relacionada com a auto-estima, que significa amor próprio, satisfação pessoal e, acima de tudo, estar bem consigo mesmo. Se existe uma insatisfação, esta se refletirá na auto-imagem. A primeira manifestação da perda da autoconfiança é percebida quando o corpo que se tem não está de acordo com o estereótipo idealizado pela sociedade (Bucaretchi, 2003).
Um dos principais fatores causais de alterações da percepção da imagem corporal é a imposição, pela mídia, sociedade e meio esportivo, de um padrão corporal considerado o ideal, ao qual associam o sucesso e a felicidade (Conti, Frutuoso e Gambardella, 2005).
A mídia tem o papel importante na sociedade sendo utilizada como meio de comunicação mais eficiente para uma relação de socialização entre as diversas culturas encontradas no mundo, mais também servem para influenciar os jovens a procurar o corpo perfeito (Ferreira, 2011).
Isto fica claro quando comparado os desenhos de antigamente com os desenhos atuais, veja a diferença de alguns:




Vigorexia:
Também conhecida como Dismorfia Muscular e Anorexia Nervosa Reversa, a Vigorexia foi recentemente descrita como uma variação da desordem dismórfica corporal e enquadra-se entre os transtornos dismórficos corporais (TDC) (Chung, 2001; Mayville, Williamson, White, Netemeyes e Drab, 2002; Hitzeroth, Wessels, Zungu-Dirwayi, Oosthuizen e Stein, 2001).
Os indivíduos acometidos pela Vigorexia freqüentemente se descrevem como "fracos e pequenos", quando na verdade apresentam musculatura desenvolvida em níveis acima da média da população masculina, caracterizando uma distorção da imagem corporal. Estes se preocupam de maneira anormal com sua massa muscular, o que pode levar ao excesso de levantamento de peso, prática de dietas hiperprotéicas, hiperglicídicas e hipolipídicas, e uso indiscriminado de suplementos protéicos, além do consumo de esteróides anabolizantes (Guarin, 2002; Cafri, Van Den Berg e Thompson, 2006; Grieve, 2007, Hildebrand, Schlundt, Langenbucher e Chungt, 2006).
Segundo Grieve (2007) são nove as variáveis identificadas na literatura da dismorfia muscular, classificadas como: massa corporal, influência da mídia, internalização do ideal de forma corporal, baixa auto-estima, insatisfação pelo corpo, falta de controle da própria saúde, efeito negativo, perfeccionismo e distorção corporal.

Considerações finais:

A procura do corpo perfeito vem se tornando cada vez mais freqüente, devido ao padrão de beleza atual, causando sérios problemas a saúde devido ao uso de substâncias nocivas ao organismo, a pratica de atividades físicas deve ser feita como o objetivo de manutenção da saúde do individuo e a promoção de momentos prazerosos ao praticante, assim formando um individuo mais saudável e capaz de exercer suas atividades diárias sem problema algum.  

Referências:

Bucaretchi, H. A. (2003) Anorexia e Bulimia Nervosa uma visão multidisciplinar. São Paulo: Casa do psicólogo, 183p.
Conti, M. A., Frutuoso, M. F. P., Gambardella, A. M. D. (2005) Excesso de peso e a insatisfação corporal em adolescentes. Revista de Nutrição: Campinas. V. 18, n. 4.
Chung, B. (2001) Muscle dysmorphia: a critical review of the proposed criteria. Perspect Biol Med. V.44, n. 4, p. 565-574.
Mayville, S. B. , Williamson, D. A. , White, M. A. , Netemeyer, R. G. , Drab, D. L. (2002) Development of the Muscle Appearence Satisfaction Scale: a self-report measure for the assesment of muscle dysmorphia symptoms.Assesment. V. 9, n. 4, p. 351-360.
Guarin, H. P. (2002) Cómo problematizar la Educación Física desde la transición del concepto del cuerpo al de corporeidad. Revista de Buenos Aires: Buenos Aires. N. 48.
Cafri, G., Van Den Berg, P., Thompson, J. K. (2006) Pursuit of muscularity in adolescent boys: relations among biopsychosocial variables and clinical outcomes. J Clin Child Adolesc Psychol. V. 35, n. 2, p. 283-291.
Hildebrand, T., Schlundt, D., Langenbucher, J., Chung, T. (2006) Presence of muscle dysmorphia symptomatology among male weightlifters. Compr Psychiatry. V. 47, n. 2, p. 127-135.
Grieve, F. G. A. (2007) Conceptual model of factors contributing to the development of muscle dysmorphia. Eat Disord,USA. V. 15, n. 1, p. 63-80.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Treino Ideal - Um dos maiores problemas encontrados perante a pratica desportiva

Um dos maiores problemas encontrados perante a pratica desportiva é a montagem do programa de treinamento, mais conhecida como periodização do treinamento no meio cientifico. Varias variáveis são analisadas para que o treinamento consiga alcançar os níveis de aptidão física desejados: series, repetições, intervalo, freqüência semanal, tipos de exercícios, métodos de treinamento e conceitos relacionados a pratica desportiva (Ferreira,2011).
Tais variáveis são analisadas e seguem um aspecto inversamente proporcional, devido às valências físicas treinadas daquela determinada rotina semanal de treinamento e a especificidade do treinamento chamada de Microciclo de treinamento que abrange o treinamento geral do atleta chamado de macrociclo de treinamento.
·         Um Macrociclo treinamento representa todo treinamento que será desenvolvido durante um determinado período de tempo a fim de alcançar o ponto Maximo do desempenho do atleta.
·         Um Mesociclo de treinamento e composto em média por quatro semanas de treinamento, onde serão propostos objetivos variados a fim de aumentar as valências físicas do atleta em determinada pratica desportiva.
·         Um Microciclo de treinamento se resume em uma semana de treinamentos.
Toda a periodização do treinamento deve estar construída com base nos princípios do treinamento desportivo com dois objetivos centrais: organização dos estímulos de forma apropriada, de acordo com a modalidade desportivas, e proporcionar a melhora do rendimento do atleta equilibrando os esforços do treinamento e a recuperação necessária para que aja o aumento da aptidão física do atleta(Ferreira,2011).

·         Principio da individualidade biológica: Cada indivíduo é um ser único, respondendo de forma diferente as cargas impostas pelo treinamento físico. Logo, percebe-se que, para maximizar os efeitos do treinamento devem-se ajustar as cargas de treino de acordo com as respostas morfofuncionais apresentadas após o estimulo. Essas diferenças existentes entre os indivíduos são a razão de fatores genéticos (genótipo) e fenótipo (Monteiro, 2002).
·         Principio da Adaptação: o conceito de adaptação é um modo de explicar como as entidades biológicas se modificam ao longo do tempo (Pereira e Souza Junior, 2002). Se algum tipo estresse de grandeza suficiente para proporcionar a quebra da homeostase (estado de equilíbrio dinâmico) for aplicado ao organismo, ele, então, promove modificações fisiológicas como resposta, a fim de restabelecer a homeostase. Se os estímulos ocorrerem continuamente, darão origem a diferentes reações: reação de alarme, de resistência e de exaustão. As reações e alarme se dão quando organismo sofre um estimulo capaz de provocar a quebra da homeostase, produzindo, assim, um desequilíbrio (Monteiro, 2002). Quando isso acontece durante a recuperação ocorre uma serie de reações que faz que o organismo se recupere, ultrapassando o nível de equilíbrio inicial superconpensação este é o principio de adaptação geral (Selye, 1960).
·         Principio da Sobrecarga: explica como expor o organismo acima das cargas, geralmente, vivenciadas no dia-a-dia (Pereira e Souza Junior, 2002), sendo esta progressiva e continua aplicada no ápice do período de superconpensação, com o objetivo de manter o estimulo forte (Guedes Jr., 1997; 2003). A sobrecarga pode ser aplicada no volume e/ou intensidade (Monteiro, 2002).
·         Principio da continuidade/reversibilidade: o aprimoramento do desempenho ocorre ao longo do tempo, desde que o treinamento seja continuo. Pelo fato do organismo adaptar-se á um nível habitual de solicitação, os efeitos do treinamento revertem-se caso o individuo tornar-se inativo, ou seja, os efeitos do exercício são transitórios e o organismo também pode adaptar-se á inatividade. Pesquisas demonstram diminuição da aptidão física quando da paralisação do treinamento (Coyle et al., 1984; Hakkinen e Komi, 1983).Portanto se o organismo não recebe uma carga de intensidade igual e/ou superior no prazo adequado, não ocorrerá ajuste positivo na aptidão física.
·         Principio da Variabilidade: Este principio é uma forma de não permitir que o habito e a acomodação nos tornem escravos da mesmice (Pereira e Souza Junior, 2002). Portanto, se a carga aplicada e/ou o tipo de atividade física não sofrer variação, poderá ocorrer regressão nos níveis de aptidão física. Logo, se as cargas de treinamento não sofrerem variações, o organismo tende a assimilar impondo regressão na capacidade física. É ineficaz para o individuo praticar atividade física com as mesmas intensidades (Kauffman, 1991; Dantas, 1994; Zatsiorsky, 1995).
·         Principio da Interdependência /Volume – Intensidade: o volume e a intensidade do treinamento são inversamente proporcionando, ou seja, com o aumento do volume, ocorre a diminuição da intensidade e vice-versa. Volume corresponde a quantidade de treinamento (Exemplo: Correr 10km) e intensidade representa a qualidade do treinamento (Exemplo: correr a 14km/h) (Guedes Jr, 2003).
·         Principio da Especificidade: a prescrição do treinamento deve obedecer às características especificas da modalidade em questão. Tal especificidade compreende, entre outros, a via metabólica predominante, os grupos musculares, o regime de trabalho muscular e a modalidade de força utilizada para o gesto esportivo. Quando este princípio não é levado em consideração, os resultados podem ser realmente, catastróficos, prejudicando o desempenho do atleta.

Considerações finais:

Fica claro então que não existe nenhuma “receita de bolo” referente a construção do treino ideal “Periodização”, mais sim conceitos e princípios que auxiliam na montagem do programa de treinamento, seguindo critérios importantes para o êxito do seu atleta ou aluno que seria a manutenção ou o aumento da aptidão física, cabe ao profissional saber lidar com estes critérios e princípios formulando o treino em base científicas não buscando de conceitos empíricos sem bases fundamentadas. 

Referências:

Coyle, E.F. at al. Time course off loss of adaptations after stopping prolonged intense endurance training. Journal Applied Physiology, v.57,n.6,p.1.857-64,1984.

Dantas, E.H.M. A pratica da preparação física. Rio de Janeiro: Shape, 1994.

Fleck, S.J.; Kraemer,W.J. Designing resistence training programs. 2.ed.Nova Iorque:Human Kinetics, 1997.

Gomes,A.C. Treinamento desportivo: estruturação e periodização. São Paulo:Artmed,2002.

Guedes Jr,D.P. Personal treiner na musculação. Rio de Janeiro:Ney Pereira,1997.
_____. Musculação: estética e saúde femininna. São Paulo:Phorte,2003.

Hakkinen, K,; Komi, P.V. Eletromyographic change during strength training and detraining. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 15, n.6.p. 455-60, 1983.

Houston, M.E. Gaining weight: thescientific basic of increasing skeletal muscle mass. Can.J. Appl. Physiol. v.24,n4,p. 305-16,1999.

Lowe,D.A. et al. Muscle function and protein metanolism after initiation of eccentric contaction-induced injury. J.Appl.Physiol. v.79,p. 1.260-70,1995.

Monteiro, A. G. Treinamento personalizado. Uma abordagem didático-metodologica. São Paulo:Phorte,2002.

Pereira,B.; Souza Junior, T.P. Dimensões bilogicas do treinamento físico. São Paulo:Phorte,2002.

Phillips, S. et al. Mixedmuscle Protein synthesis and breakdown after resistence exercise in humans. Am.J.Physiol. v. 2.736,p.E99-E107,1997.

Seyle, G. Síndrome de adaptação. Moscou: Medguiz. 1960. P.124.

Stauber,W. T.; Smith, C. A. Cellular response inexertion-induced skeletal muscle injury. Mol. Cell.Biochem., v. 179,p. 186-96,1998.

Kauffman, S. Antichaos and Adaption. Scientific American, v. 256, p.64-70, 1991.

Zatsiorsky, V.M. Science and pratice of strength training. Champaing:Human Kinetics,1995.

sábado, 20 de agosto de 2011

Hipertensão Arterial - Um mal que afeta milhares de brasileiros.


Avanços tecnológicos são benéficos para facilitar a vida do ser humano, mais também afetam o equilíbrio do mesmo, ocasionando a inatividade física propiciando o surgimento de uma serie de fatores perturbadores para a homeostase, como o aparecimento de patologias pertinente deste mundo tecnológico. Uma delas é a hipertensão arterial ocasionada segundo o IBGE pela elevação dos níveis pressóricos iguais ou acima da média 140 mmhg de pressão sistólica maior ou igual a 90 mmhg de pressão diastólica, estimasse que cerca de 30 milhões de brasileiros sofram desta síndrome (IBGE,2003). 
A HA é conhecida como uma das doenças relacionadas à síndrome metabólica que é constituída das seguintes doenças: Obesidade, Diabetes, Colesterol alto (OMS, 1999). Dados do Ministério da Saúde constataram que esta síndrome no ano de 2004 custou ao poder público 56 milhões de reais, estimasse que para o ano de 2005 este valor aumente para 93 milhões re reais (Ministério da Saúde, 2005). Os gastos orçamentários previstos para 2011 com medicamentos para hipertensão e diabetes são de R$470 milhões de reais (Ministério da Saúde, 2010).
Uma forma mais fácil e com um custo bem menor é a pratica de atividades físicas, agindo na prevenção e no combate deste agravo multifatorial que é a hipertensão, exercícios físicos regulares segundo Chobanian et AL, 2003, a pratica regular de exercícios físicos associada à alteração no estilo de vida tem muita importância, principalmente em casos de hipertensão limítrofe ocasionado a quedas significativas da pressão arterial.
Estudos constaram uma menor morbidade e mortalidade, por doenças do sistema cardiovascular, em indivíduos treinados fisicamente, com benefícios evidentes no subgrupo de hipertensos (Jennings, 1990) (Grassi et AL,1992).
Estudos analisaram o efeito do exercício anaeróbico e aeróbico no controle da hipertensão arterial, e demonstraram que tanto o exercício aeróbico como o anaeróbico tiveram sua participação significativa para a manutenção dos níveis pressóricos, cabe ao educador físico analisar o seu aluno e prescrever de forma segura o programa de atividade física ideal, respeitando a individualidade biológica, e aspectos relacionados à hipertensão arterial. 

Autor desta matéria: Danilo da Silva Ferreira.