Ana Mary Mesquita Ribeiro da Silva
Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra
Luiz Carlos Carnevali Júnior
Mestre e Doutorando em Ciências ( ICB-USP)
Professor e coordenador do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra.
Professor e Coordenador dos Cursos de Pós-graduação da UGF.
O medo da mutilação faz com que o câncer de mama seja um dos mais temidos pelas mulheres, isso acarreta efeitos psicológicos, que trazem complexos e afetam a imagem das mulheres em geral. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Pode ser genético e segundo o Inca, esse é um importante fator de risco para o câncer de mama, a maioria acontece por volta dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido de incidência com o aumento. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a primeira gravidez após 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constitui também fatores de risco para o câncer de mama.
A falta de exercício físico e má alimentação, stress tem sido os principais contribuintes para o crescente número de casos de doenças crônicas citados pelo Inca, incluindo as cardiovasculares, o diabetes e o câncer, sendo que para o aumento da idade, maior a parcela de influência no risco, o Inca também fala sobre a importância de se controlar a obesidade.
O Inca fala de pesquisas que estão sendo realizadas para auxiliar a prevenção e o tratamento para mulheres em tratamento do câncer. Através do exercício preconiza-se que o organismo passe melhor a aproveitar a energia e os extratos metabólicos. Isso provoca uma reação às ações dos carcinóginos, em função do aumento da eficácia do sistema imunológico, no que diz respeito a linfócitos e células “natural-killer”, reduzindo assim a quantidade disponível para absorção pelos possíveis tumores e oferecendo maior resistência ás metástases.
Um dos efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama é a fadiga. De acordo com o texto de Dagmar Tavares de Queiroz e Sandra Lucia Arantes, a fadiga reduz a capacidade de realizar as atividades diárias e de maior duração, prejudicando seriamente a qualidade de vida. A atividade física regular tem sido apontada como um recurso importante no seu combate, como foi falado anteriormente o exercício físico além de melhorar as atividades diárias ainda trás uma melhora no controle de peso, bem estar físico e emocional e ajuda na redução da fadiga. Em contrapartida o texto frisa a importância de se ter cautela em relação a intensidade desta fadiga, se ela for severa, o melhor é ser cauteloso, do contrário, é pior não se exercitar. A visão que se tinha a tempos atrás do exercício ser perigoso está ultrapassada segundo o mesmo texto.
Dagmar Tavares de Queiroz e Sandra Lucia Arantes fazem uma citação do (Ministério da Saúde, 2002) nos seu texto sobre a responsabilidade do médico em que essas pacientes estão sobre os cuidados que devem definir o diagnóstico a previsão de eventuais limitações pela doença e pelo tratamento e pela reabilitação das mesmas.
O que pode ser definido até o momento, segundo o artigo - Atividade física na prevenção e na reabilitação do câncer ( Pedroso et al.,2005),é que as atividades de intensidade moderada, tendendo a vigorosa, três vezes (ou mais) por semana, por períodos de trinta minutos até uma hora, contribuem para a manutenção da boa condição física e são indicados por quase todos os guias de saúde.
Segundo Prado, (2004), as pacientes em tratamento de câncer não possuem o hábito de realizarem exercícios físicos regulares por falta de conhecimento, ou medo de se machucarem e por esses mesmos motivos criou-se uma resistência aos exercícios. Esses mesmos estudos indicam que o desanimo e a baixa estima é muito grande nas pacientes de câncer de mama, as mulheres entrevistadas no estudo de Prado, (2004), falaram sobre a importância da melhora do sono com a atividade física e do prazer de se exercitarem.
Concluiu-se nesse trabalho através dos artigos comentados, que para a atividade física surtir efeito no tratamento de pacientes com câncer precisa ser realizada de forma regular e constante e que deve ser feito com o acompanhamento de vários profissionais para que se obtenha sucesso. A falta de informação e o receio das mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama é abrangente que precisam ser bem orientadas para que haja uma melhor qualidade de vida para as pacientes em recuperação.
Referências.
1. INCA. Instituto Nacional do Câncer Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em www.inca.gov.br, Acesso em 20 de abril de 2010.
2. PEDROSO, W. et al Atividade Física na Prevenção e na Reabilitação do Câncer - Departamento da Educação Física de Taubaté - UNITAU.2005 disponível em: www.Unesp.br Acesso em 20 de abril de 2010.
3. QUEIROZ, D.T.V. e ARANTES, L.S. Na Redução Conhecimento Sobre a Importância da Atividade Física da Fadiga por Mulheres em Tratamento Quimioterápico e/ou Radioterápico de Câncer de Mama - Campo Grande/MS disponível em: www.fes.br Acesso em 05 de maio de 2010.
4. PRADO, M A. et al. A Prática da Atividade Física em mulheres submetidas à Cirurgia por Câncer de Mama: Percepção de Barreiras e Benefícios. Revista Latino - Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, SP,v.12,n.3,bim.2004. Disponível em: www.scielo.br/scielo Acesso em 23 de maio de 2010.
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