Muito se fala sobre o aumento da população idosa em todo mundo e a expectativa de vida tem aumentado muito nos últimos anos. No Brasil a população era considerada jovem, mas devido algumas modificações essa situação hoje é um pouco diferente, pois a população idosa ocupa mais de 20%do total da população, e pode-se dizer que em 2025 o Brasil poderá ter a sexta população mais idosa do mundo.
No Brasil a população da terceira idade vem aumentando com o passar dos anos, atualmente a expectativa de vida é de 67 anos, em 2025 poderá chegar aos 74 anos. Devido a esse fato o Brasil já tem instituições preocupadas com essa população que procuram orientar esse grupo a envelhecer com qualidade de vida, pois muitas são as limitações decorrentes da idade.
Costa (2004) citam que o envelhecimento está associado a uma variedade de limitações físicas e psicológicas, em conseqüência disso torna-se difícil para estes indivíduos desempenharem certas ações tornando-os incapacitados para a realização de atividades físicas prejudicando assim sua qualidade de vida.
Para Aquiné e cols (2002), muitas modificações ocorrem com o envelhecimento fazendo com que o organismo funcione de forma diferenciada, o corpo torna-se menos flexível os movimentos são mais lentos com perda da agilidade, as articulações vão perdendo a mobilidade e elasticidade, os ossos ficam mais fracos, ocorre uma deterioração do aparelho bronco-pulmonar, com comprometimento de todo o sistema respiratório, o aparelho cardiovascular também diminui sua capacidade, causando várias alterações fazendo que o individuo sinta-se mais limitado.
Para Aquiné e cols (2002) a aceitação da velhice é essencial para melhorar a qualidade de vida, pois através delas ele pode procurar formas de reaprender a viver.
Alves e cols (2004) citam que o envelhecimento é um processo inexorável aos seres vivos e conduz a uma perda progressiva das aptidões funcionais do organismo. Desta forma aumentando o risco do sedentarismo, e essas alterações nos domínios biopsicossociais põem em risco a qualidade de vida do idoso por limitar sua capacidade para realizar suas atividades de rotina, gerando conflitos internos e externos de grandes proporções.
Benefícios da musculação associados à terceira idade
A musculação recebe atualmente um destaque especial, principalmente em decorrência da evolução científica que apresentou nas últimas décadas com a publicação de pesquisas e artigos sobre seus benefícios e segurança na prática (PONTES, 2003, citado por COSTA 2004).
Apesar de tantos outros benefícios proporcionados pela musculação ainda percebe-se que a maior parte do publico que a prática tem finalidades estéticas.
No ambiente estético, a musculação objetiva moldar as formas do corpo enfatizando um trabalho de aumento do volume muscular e de obtenção da simetria corporal. Tudo isso deve ser realizado dentro dos limites da normalidade, respeitando-se todos os princípios do treinamento físico com um destaque maior sobre o princípio da individualidade biológica (BARBANTII, 1990, citado por COSTA,2004).
Para Costa (2004), os principais benefícios proporcionados pela musculação com fins estéticos é que a musculação auxilia na melhora da qualidade de vida dos praticantes gerando assim um aumento da massa corporal metabolicamente ativa e uma melhora significativa da auto-estima.
Costa (2004), afirma ainda que os benefícios da musculação vão muito além da estética, a prática da musculação ajuda na diminuição do estresse, aumenta a interação social, combate o sedentarismo, a aterosclerose, controla a hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, osteoporose entre outros.
Para Mota e cols. (2003), musculação é um método efetivo para o desenvolvimento músculo-esquelético. Sua prescrição é voltada para o desenvolvimento da aptidão física, favorecimento da saúde e a prevenção e reabilitação de lesões ortopédicas.
Lorete (2005) verificou em seu estudo que as atividades de musculação são um produto dos resultados estéticos, que levam a benefícios relativos como a saúde, bem estar e auto-estima.
Considerações finais
Pode-se identificar que no inicio a musculação não era uma prática direcionada para idosos, mas com o passar dos anos essa situação foi substituída e com algumas modificações hoje ela é aconselhada principalmente por fortalecer a musculatura, pois ao envelhecer-se ganha-se gordura e há uma perda muito grande de massa muscular.
Assim sendo é possível verificar que através da musculação o idoso se torna mais independe para realizar tarefas e através dessa independência ele envelhecerá melhor tanto fisicamente como mentalmente contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida.
Referências bibliográficas
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